Fonte: Valores – Escritório de Redação
Autor: Ir. Anthony Queirós, LC
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Quanto vale uma criança?
Recentemente, um casal no Paraná abandonou na maternidade uma de suas filhas trigêmeas recém-nascidas. Queriam somente duas crianças, mas da inseminação artificial realizada surgiu uma a mais. Em fevereiro, médicos franceses anunciaram o nascimento do primeiro “bebê-medicamento”, igualmente de proveta, gerado para auxiliar com seus anticorpos no tratamento de uma criança com talassemia. Do processo resultou também outro embrião, mas incompatível para ser doador. Por isso, não foi implantado no útero materno. Duas notícias distantes pelo espaço, próximas no tempo e idênticas na causa.
Em nossos dias o útil e o agradável converteram-se nos únicos bens reconhecidos. Nada vale por si mesmo, senão pelo proveito auferido. Até mesmo as pessoas tornaram-se objetos. Se antes já eram usadas egoísticamente, nas suas relações mútuas, agora são também produzidas. E segundo sua adequação aos fins pretendidos, recebem o direito de nascer.
A Revolução Sexual, os métodos contraceptivos e a inseminação artificial foram vistos e propagandeados, em seu tempo, como a libertação do homem frente à natureza. Prometiam uma liberdade fácil, sem responsabilidades. Transformavam a sexualidade em mero brinquedo. A família num produto de consumo e satisfação. E sujeitavam o valor da vida a cálculos de conveniência. Hoje são patentes seus resultados.
Já havíamos visto o assassinato de não-nascidos sob as bandeiras de “sou dona de meu corpo”. Sentimos o efeito destruidor do divórcio em inumeráveis lares. Conhecemos crianças nascidas de pais que jamais as desejaram, apenas esqueceram as conseqüências concretas de seus atos livres. Ouvimos dos embriões humanos congelados em freezers, “efeitos colaterais” da medicina. E admiramo-nos da solução cínica apresentada ao problema: destruí-los em pesquisas científicas repletas de interesses e raquíticos de resultados. Agora, assistimos ao triste espetáculo de pessoas geradas não pelo seu valor intrínseco, mas para servirem a fins alheios. Sejam estes fins tão nobres como a cura de uma doença ou tão mesquinhos como preencher um vazio de afeto.
Um dos maiores avanços éticos da humanidade foi a rejeição generalizada à escravidão. Tornou-se inaceitável para a nossa civilização haver seres humanos vendidos e comprados, despojados de sua dignidade. Mas o progresso técnico da humanidade dissociado da moral - talvez o pior dos divórcios – criou novos mercados de pessoas. Com a diferença de serem agora produzidas sob medida. Se a sociedade atual continuar perdendo os valores conquistados em sua dolorosa história, não demorará a surgirem nas avenidas outdoors com anúncios de “bebês sob encomenda, preços especiais”. E, para atrair mais clientes, acrescentarão: “Aceitamos devolução”.
Vença o mal com o bem!
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Virtudes e Valores é um informativo semanal de promoção e defesa dos valores humanos e católicos. A sua missão é aprofundar nos valores da fé, da moral, da família e dos ensinamentos do Santo Padre, sendo um ponto de referência objetivo para os católicos de língua portuguesa. Somos conscientes de que a nossa sociedade precisa ser retamente orientada à luz dos valores perenes.
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Em nossos dias o útil e o agradável converteram-se nos únicos bens reconhecidos. Nada vale por si mesmo, senão pelo proveito auferido. Até mesmo as pessoas tornaram-se objetos. Se antes já eram usadas egoísticamente, nas suas relações mútuas, agora são também produzidas. E segundo sua adequação aos fins pretendidos, recebem o direito de nascer.
A Revolução Sexual, os métodos contraceptivos e a inseminação artificial foram vistos e propagandeados, em seu tempo, como a libertação do homem frente à natureza. Prometiam uma liberdade fácil, sem responsabilidades. Transformavam a sexualidade em mero brinquedo. A família num produto de consumo e satisfação. E sujeitavam o valor da vida a cálculos de conveniência. Hoje são patentes seus resultados.
Já havíamos visto o assassinato de não-nascidos sob as bandeiras de “sou dona de meu corpo”. Sentimos o efeito destruidor do divórcio em inumeráveis lares. Conhecemos crianças nascidas de pais que jamais as desejaram, apenas esqueceram as conseqüências concretas de seus atos livres. Ouvimos dos embriões humanos congelados em freezers, “efeitos colaterais” da medicina. E admiramo-nos da solução cínica apresentada ao problema: destruí-los em pesquisas científicas repletas de interesses e raquíticos de resultados. Agora, assistimos ao triste espetáculo de pessoas geradas não pelo seu valor intrínseco, mas para servirem a fins alheios. Sejam estes fins tão nobres como a cura de uma doença ou tão mesquinhos como preencher um vazio de afeto.
Um dos maiores avanços éticos da humanidade foi a rejeição generalizada à escravidão. Tornou-se inaceitável para a nossa civilização haver seres humanos vendidos e comprados, despojados de sua dignidade. Mas o progresso técnico da humanidade dissociado da moral - talvez o pior dos divórcios – criou novos mercados de pessoas. Com a diferença de serem agora produzidas sob medida. Se a sociedade atual continuar perdendo os valores conquistados em sua dolorosa história, não demorará a surgirem nas avenidas outdoors com anúncios de “bebês sob encomenda, preços especiais”. E, para atrair mais clientes, acrescentarão: “Aceitamos devolução”.
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