Qual é o sinal do cristão?
"O sinal do cristão é a cruz" (2º Catecismo da Doutrina Cristã).
"Todos os batizados são cristãos."
Os cristãos têm um sinal que os distingue das pessoas que não o são. É o Sinal da Cruz. Sinal quer dizer distintivo; assim como uma pessoa traz no seu peito um distintivo indicando que pertence àquela sociedade, também os cristãos têm um sinal que os distingue das demais pessoas.
Antes de Nosso Senhor, a vista de uma cruz excitava sentimentos de horror e lembrança de criminosos e suplícios horrendos.
Hoje, vendo uma cruz, pensamos em Jesus, na Redenção realizada com tanto amor. Ela ocupa na Igreja lugar de honra, impera sobre os edifícios religiosos, brilha como jóia no diadema dos reis e nos cemitérios recorda a doce esperança cristã.
Os cristãos desde a origem da nossa religião fizeram uso deste sinal; ele é para os católicos mais ou menos o que vem a ser a farda para os servidores da Pátria.
A forma exterior deste sinal indica o mistério da Redenção, que foi realizado na Cruz. As palavras: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", indicam o mistério da Santíssima Trindade" (Mons. João Alexandre Loschi, Catecismo Rural, Edições Paulinas, 2ª Edição, maio - 1959).
Exemplos
I. O Sinal da Cruz
Henrique IV, depois de humilhar-se em Canossa, mostrou-se de novo inimigo do Papa e foi com seu exército sitiar Roma.
[Continue Lendo]
"O sinal do cristão é a cruz" (2º Catecismo da Doutrina Cristã).
"Todos os batizados são cristãos."
Os cristãos têm um sinal que os distingue das pessoas que não o são. É o Sinal da Cruz. Sinal quer dizer distintivo; assim como uma pessoa traz no seu peito um distintivo indicando que pertence àquela sociedade, também os cristãos têm um sinal que os distingue das demais pessoas.
Antes de Nosso Senhor, a vista de uma cruz excitava sentimentos de horror e lembrança de criminosos e suplícios horrendos.
Hoje, vendo uma cruz, pensamos em Jesus, na Redenção realizada com tanto amor. Ela ocupa na Igreja lugar de honra, impera sobre os edifícios religiosos, brilha como jóia no diadema dos reis e nos cemitérios recorda a doce esperança cristã.
Os cristãos desde a origem da nossa religião fizeram uso deste sinal; ele é para os católicos mais ou menos o que vem a ser a farda para os servidores da Pátria.
A forma exterior deste sinal indica o mistério da Redenção, que foi realizado na Cruz. As palavras: "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", indicam o mistério da Santíssima Trindade" (Mons. João Alexandre Loschi, Catecismo Rural, Edições Paulinas, 2ª Edição, maio - 1959).
Exemplos
I. O Sinal da Cruz
Henrique IV, depois de humilhar-se em Canossa, mostrou-se de novo inimigo do Papa e foi com seu exército sitiar Roma.
[Continue Lendo]
No segundo assalto, apesar da heróica resistência dos sitiados, incendiou todas as muralhas. Um espantoso anel de fogo rodeava a cidade, da qual não se erguiam senão gemidos dos agonizantes e pranto das mulheres aterrorizadas. Então no alto de uma torre, majestoso e pálido, entre e o clarão e o fumo do incêndio, apareceu o Papa Gregório VII, e com gesto solene e calmo fez o sinal da cruz contra as chamas, e imediatamente o fogo se apagou como se tivesse recebido uma chuva torrencial.
Todas as vezes que nos encontrarmos em perigos e angústias, confessemos a SS. Trindade fazendo o sinal da cruz, e grande alívio sentirá a nossa alma.
II. O Poder da Cruz
O caso que vou contar é engraçado, mas dá-nos uma preciosa lição sobre o poder da santa cruz.
Tinham os monges de certo convento o sagrado dever descer todos os dias à igreja e, ali, sentando-se o Abade sua grande cadeira de superior, e eles nos bancos do presbitério cantavam os louvores de Deus.
Sucedeu que, um dia, o santo Abade Leufrido se achava adoentado em seu pobre leito e não pôde descer para presidi ao ofício em sua igreja. O demônio, que vive rodeando também os santos e servos de Deus, achou que era chegada a ocasião de todos os monges lhe prestarem reverência. Tomou, pois, hábito e a figura do Abade, desceu com os outros ao presbitério e sentou-se depressa na grande cadeira com ar de importância. Todos os monges fizeram-lhe reverência; mas um deles chegando atrasado por vir da cela do Abade, viu com espanto outro Leufrido ali sentado.
Volta imediatamente à cela abacial, e diz alvoroçado:
- Dom Abade, que é isso? Estais ao mesmo tempo em dois lugares? Acabo de encontrar-vos sentado no presbitério, i estais aqui... que é isso?
Caiu o Abade na conta do diabólico estratagema e, sentindo-se com forças bastantes, vai à igreja depressa; mas, antes de entrar no presbitério, traça o sinal da cruz em todas as porta e janelas. Entra, depois, no presbitério e, armado de um bom chicote molhado em água benta, começa a açoitar o fingido Abade.
O demônio foge espavorido e Leufrido segue-o. O demônio quer passar por uma porta e, embora esteja aberta, volt correndo; aproxima-se de uma janela, e não consegue passar, porque em toda parte encontra pela frente o sinal da cruz. Abade surra a valer; os monges riem-se a bandeiras despregadas, e o diabo escapa, afinal, por uma chaminé! E' que o santo esquecera de fazer ali o sinal sagrado.
Leufrido tomou, então, a palavra e explicou aos religiosos que Deus permitira aquela cena para que eles conhecessem o poder da Cruz e, nas tentações, não deixassem de benzer-se com o sinal sagrado, que o demônio tanto teme e detesta.
III. Santo Antônio de Pádua e a Cruz
S. António de Pádua, ainda menino, servia de acólito na igreja da Sé, em Lisboa. Um dia, estando no coro, apareceu-lhe o diabo em forma horrível. O menino, sem se amedrontar, fez devotamente o sinal da cruz na grade. O diabo fugiu no mesmo instante. A cruz ficou impressa no mármore, como se este fora de cera.
IV. A tentação e o Sinal da Cruz
Santa Margarida, mártir, era uma donzela de rara beleza.
Aos dezesseis anos de idade, dirigiu-se a seu pai, que era pagão, e disse-lhe: "Meu pai, quero confiar-lhe um segredo. O senhor é sacerdote dos ídolos; eu, porém, sou batizada e creio em Jesus Cristo". Imediatamente apoderou-se daquele homem um furor selvagem. Atirou-se sobre a filha, como uma fera e logo mandou metê-la no cárcere. Na prisão apareceu-lhe o demônio, murmurando-lhe ao ouvido: "Ora, vamos, não seja tola... Você é jovem e bela. Aí bem perto a espera um noivo pagão, rico e nobre; com ele você viverá dias felizes. Abandone a Jesus".
Quereis saber o que fez Margarida nessa terrível tentação, nesse perigo iminente de perder a sua alma? Devotamente fez o sinal da cruz, e no mesmo instante o demônio desapareceu. Aproximou-se dela o Anjo da Guarda e consolou-a. Passados alguns dias foi Margarida conduzida ao lugar do martírio. Diante daquela juventude radiante, daquela formosura encantadora, o algoz ficou comovido e a espada vacilou em sua mão. Iria ele desistir de dar o golpe? Iria ela perder a palma do martírio? Margarida fez o sinal da cruz e disse: "Dê o golpe, irmão; a cruz é minha força!"
Inclinou a cabeça e colheu a palma do martírio.
A cruz deu-lhe a vitória.
V. São Bento e o Sinal da Cruz
Um dia alguns malvados, querendo matar S. Bento, apresentaram-lhe, para beber, uma taça de vinho envenenado. O santo fez o sinal da cruz sobre a taça, e esta quebrou-se, e o vinho mortífero espalhou-se por terra.
VI. Santa Cunegundes e o Sinal da Cruz
Em outro dia, Santa Cunegundes acordou por causa de um excessivo calor que sentia no sono. Fez o sinal da cruz, e o fogo apagou-se, deixando-a ilesa.
VII. Turbilhão muda de direção
A 15 de dezembro de 1502, Cristóvão Colombo, na sua quarta viagem pelo Novo Mundo, estava quase agonizante por causa das grandes tribulações sofridas, quando, de uma das caravelas, partiu um grito desesperado que anunciava perigos extremos.
Toda a tripulação foi presa de espanto à vista de um cone imenso, de uma tromba marinha que ligava o mar ao céu, levantando as águas como imensas montanhas. Um vento impetuoso impelia aquele terrível fenômeno contra a pequena frota, que certamente seria afundada num abrir e fechar de olhos.
Cristóvão Colombo, quando ouviu o mugido dos ventos e o grito desesperado dos seus, pensou na cena evangélica em que Jesus dormia enquanto o mar em borrasca enchia de pânico os apóstolos. A suave figura do Mestre, que com um gesto solene acalmava as ondas, apresentou-se-lhe à mente cheia de fé, e, reunindo as forças, ele se lançou de joelhos para dizer a Jesus que acreditava no seu poder e lhe suplicava salvá-los do perigo iminente.
Foi atendido, porquanto, quando por inspiração divina o comandante traçou contra o turbilhão o sinal da cruz, ele mudou de direção e foi perder-se na imensidade do Atlântico.
Todas as vezes que nos encontrarmos em perigos e angústias, confessemos a SS. Trindade fazendo o sinal da cruz, e grande alívio sentirá a nossa alma.
II. O Poder da Cruz
O caso que vou contar é engraçado, mas dá-nos uma preciosa lição sobre o poder da santa cruz.
Tinham os monges de certo convento o sagrado dever descer todos os dias à igreja e, ali, sentando-se o Abade sua grande cadeira de superior, e eles nos bancos do presbitério cantavam os louvores de Deus.
Sucedeu que, um dia, o santo Abade Leufrido se achava adoentado em seu pobre leito e não pôde descer para presidi ao ofício em sua igreja. O demônio, que vive rodeando também os santos e servos de Deus, achou que era chegada a ocasião de todos os monges lhe prestarem reverência. Tomou, pois, hábito e a figura do Abade, desceu com os outros ao presbitério e sentou-se depressa na grande cadeira com ar de importância. Todos os monges fizeram-lhe reverência; mas um deles chegando atrasado por vir da cela do Abade, viu com espanto outro Leufrido ali sentado.
Volta imediatamente à cela abacial, e diz alvoroçado:
- Dom Abade, que é isso? Estais ao mesmo tempo em dois lugares? Acabo de encontrar-vos sentado no presbitério, i estais aqui... que é isso?
Caiu o Abade na conta do diabólico estratagema e, sentindo-se com forças bastantes, vai à igreja depressa; mas, antes de entrar no presbitério, traça o sinal da cruz em todas as porta e janelas. Entra, depois, no presbitério e, armado de um bom chicote molhado em água benta, começa a açoitar o fingido Abade.
O demônio foge espavorido e Leufrido segue-o. O demônio quer passar por uma porta e, embora esteja aberta, volt correndo; aproxima-se de uma janela, e não consegue passar, porque em toda parte encontra pela frente o sinal da cruz. Abade surra a valer; os monges riem-se a bandeiras despregadas, e o diabo escapa, afinal, por uma chaminé! E' que o santo esquecera de fazer ali o sinal sagrado.
Leufrido tomou, então, a palavra e explicou aos religiosos que Deus permitira aquela cena para que eles conhecessem o poder da Cruz e, nas tentações, não deixassem de benzer-se com o sinal sagrado, que o demônio tanto teme e detesta.
III. Santo Antônio de Pádua e a Cruz
S. António de Pádua, ainda menino, servia de acólito na igreja da Sé, em Lisboa. Um dia, estando no coro, apareceu-lhe o diabo em forma horrível. O menino, sem se amedrontar, fez devotamente o sinal da cruz na grade. O diabo fugiu no mesmo instante. A cruz ficou impressa no mármore, como se este fora de cera.
IV. A tentação e o Sinal da Cruz
Santa Margarida, mártir, era uma donzela de rara beleza.
Aos dezesseis anos de idade, dirigiu-se a seu pai, que era pagão, e disse-lhe: "Meu pai, quero confiar-lhe um segredo. O senhor é sacerdote dos ídolos; eu, porém, sou batizada e creio em Jesus Cristo". Imediatamente apoderou-se daquele homem um furor selvagem. Atirou-se sobre a filha, como uma fera e logo mandou metê-la no cárcere. Na prisão apareceu-lhe o demônio, murmurando-lhe ao ouvido: "Ora, vamos, não seja tola... Você é jovem e bela. Aí bem perto a espera um noivo pagão, rico e nobre; com ele você viverá dias felizes. Abandone a Jesus".
Quereis saber o que fez Margarida nessa terrível tentação, nesse perigo iminente de perder a sua alma? Devotamente fez o sinal da cruz, e no mesmo instante o demônio desapareceu. Aproximou-se dela o Anjo da Guarda e consolou-a. Passados alguns dias foi Margarida conduzida ao lugar do martírio. Diante daquela juventude radiante, daquela formosura encantadora, o algoz ficou comovido e a espada vacilou em sua mão. Iria ele desistir de dar o golpe? Iria ela perder a palma do martírio? Margarida fez o sinal da cruz e disse: "Dê o golpe, irmão; a cruz é minha força!"
Inclinou a cabeça e colheu a palma do martírio.
A cruz deu-lhe a vitória.
V. São Bento e o Sinal da Cruz
Um dia alguns malvados, querendo matar S. Bento, apresentaram-lhe, para beber, uma taça de vinho envenenado. O santo fez o sinal da cruz sobre a taça, e esta quebrou-se, e o vinho mortífero espalhou-se por terra.
VI. Santa Cunegundes e o Sinal da Cruz
Em outro dia, Santa Cunegundes acordou por causa de um excessivo calor que sentia no sono. Fez o sinal da cruz, e o fogo apagou-se, deixando-a ilesa.
VII. Turbilhão muda de direção
A 15 de dezembro de 1502, Cristóvão Colombo, na sua quarta viagem pelo Novo Mundo, estava quase agonizante por causa das grandes tribulações sofridas, quando, de uma das caravelas, partiu um grito desesperado que anunciava perigos extremos.
Toda a tripulação foi presa de espanto à vista de um cone imenso, de uma tromba marinha que ligava o mar ao céu, levantando as águas como imensas montanhas. Um vento impetuoso impelia aquele terrível fenômeno contra a pequena frota, que certamente seria afundada num abrir e fechar de olhos.
Cristóvão Colombo, quando ouviu o mugido dos ventos e o grito desesperado dos seus, pensou na cena evangélica em que Jesus dormia enquanto o mar em borrasca enchia de pânico os apóstolos. A suave figura do Mestre, que com um gesto solene acalmava as ondas, apresentou-se-lhe à mente cheia de fé, e, reunindo as forças, ele se lançou de joelhos para dizer a Jesus que acreditava no seu poder e lhe suplicava salvá-los do perigo iminente.
Foi atendido, porquanto, quando por inspiração divina o comandante traçou contra o turbilhão o sinal da cruz, ele mudou de direção e foi perder-se na imensidade do Atlântico.
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