Fonte: Reino da Virgem Mãe de Deus
Por Carlos Ramalhete
A Igreja Católica apoiou a escravidão no Brasil?
Claro que não!
A nossa história começa com uma congregação que anda muita na moda no meio esotérico de hoje: a Ordo Templi, a Ordem dos Cavaleiros Templários.
Os Templários eram uma congregação fundada no período das Cruzadas, com o fim de libertar a Terra Santa. Tratava-se de uma congregação de monges-guerreiros, que faziam voto de pobreza e castidade.
Surgiam os estados nacionais; as nações começaram a ter um governo único para cada nação, ao invés de centenas de pequenos nobres, cada qual com seu feudo. Nesse tumulto foi fechada por bula papal a Ordem dos Templários, acusada de crimes hediondos.
Muitos lucraram com o fim desta congregação , apossando-se de seus bens, que não eram poucos.
Já em Portugal, houve um estranho fenômeno: surgiu uma outra congregação, chamada a Ordem de Cristo. Esta congregação reuniu os templários ibéricos e os bens da congregação.
D. João III, Rei de Portugal, recebeu em 1522 o título de grão-mestre da Ordem de Cristo, título hereditário que garantia ao Rei direito de governo religioso. Com isso D. João estava em condições de apontar bispos e padres, sendo um pequeno papa em seu território.
Isso era chamado de Padroado.
Devido ao Padroado, a Igreja no Brasil pouca ligação tinha com a Sé de Roma. Os reis ignoravam o Papa, apontando bispos de sua preferência para as sés importantes, assumindo a coordenação de todo o aparato da Igreja. A Igreja no Brasil estava em mãos do Rei de Portugal.
Uma exceção eram os jesuítas, congregação fundada por Santo Inácio de Loyola, que não obedece ao ordinário local, apenas ao Papa. Os jesuítas na América do Sul fizeram um trabalho maravilhoso, procurando evangelizar os índios, acabando com o canibalismo, instituindo uma língua franca (o nheengatu, ou Língua Geral), formando em suma uma nação indígena que os portugueses respeitariam.
Por irem contra os interesses portugueses, impedindo a escravização dos índios, acabaram expulsos do Brasil por ordens do Marques de Pombal em 1759.
Quando falamos de Igreja no Brasil colonial, portanto, temos os jesuítas, fiéis ao Papa e à Doutrina da Igreja (que prega serem os índios livres por natureza, não podendo ser escravizados), e a Igreja sob o Padroado, aquela que não ouvia o Papa e obedecia ao rei e seus interesses.
Os jesuítas chegaram a fazer uma república democrática com os índios guaranis, posteriormente dizimados a mando dos reis ibéricos.
Exemplo do que é e sempre foi a doutrina da Igreja (não do Rei) pode ser encontrado nas encíclicas de Leão XIII LIBERTAS (liberdade) e CATHOLICAE ECCLESIAE (Igreja Católica); a primeira, endereçada aos Bispos do Brasil em 1888, faz um apanhado de toda a história da luta da Igreja contra a escravidão; a segunda, endereçada aos missionários africanos, mostra a importância da luta contra a escravização dos nativos.
Podemos afirmar sem erro que aqueles no Brasil que apoiavam a escravidão estavam na verdade levantando-se contra a Sã Doutrina da Igreja Católica e desobedecendo ao Papa.
D. João III, Rei de Portugal, recebeu em 1522 o título de grão-mestre da Ordem de Cristo, título hereditário que garantia ao Rei direito de governo religioso. Com isso D. João estava em condições de apontar bispos e padres, sendo um pequeno papa em seu território.
Isso era chamado de Padroado.
Devido ao Padroado, a Igreja no Brasil pouca ligação tinha com a Sé de Roma. Os reis ignoravam o Papa, apontando bispos de sua preferência para as sés importantes, assumindo a coordenação de todo o aparato da Igreja. A Igreja no Brasil estava em mãos do Rei de Portugal.
Uma exceção eram os jesuítas, congregação fundada por Santo Inácio de Loyola, que não obedece ao ordinário local, apenas ao Papa. Os jesuítas na América do Sul fizeram um trabalho maravilhoso, procurando evangelizar os índios, acabando com o canibalismo, instituindo uma língua franca (o nheengatu, ou Língua Geral), formando em suma uma nação indígena que os portugueses respeitariam.
Por irem contra os interesses portugueses, impedindo a escravização dos índios, acabaram expulsos do Brasil por ordens do Marques de Pombal em 1759.
Quando falamos de Igreja no Brasil colonial, portanto, temos os jesuítas, fiéis ao Papa e à Doutrina da Igreja (que prega serem os índios livres por natureza, não podendo ser escravizados), e a Igreja sob o Padroado, aquela que não ouvia o Papa e obedecia ao rei e seus interesses.
Os jesuítas chegaram a fazer uma república democrática com os índios guaranis, posteriormente dizimados a mando dos reis ibéricos.
Exemplo do que é e sempre foi a doutrina da Igreja (não do Rei) pode ser encontrado nas encíclicas de Leão XIII LIBERTAS (liberdade) e CATHOLICAE ECCLESIAE (Igreja Católica); a primeira, endereçada aos Bispos do Brasil em 1888, faz um apanhado de toda a história da luta da Igreja contra a escravidão; a segunda, endereçada aos missionários africanos, mostra a importância da luta contra a escravização dos nativos.
Podemos afirmar sem erro que aqueles no Brasil que apoiavam a escravidão estavam na verdade levantando-se contra a Sã Doutrina da Igreja Católica e desobedecendo ao Papa.
Como não? Encontramos documentos oficiais da Sé informando que: "aos índios catequisai e aos negros forçai-os a trabalhar porque eles não tem alma!"
ResponderExcluirCaríssimo,
ResponderExcluirse possivel você poderia colocar os links destes "documentos" da Santa Sé?
Parece que esta sua afirmação contradiz o texto e ainda nega outros dois documentos da Igreja.
Coloco aqui os links das duas encíclicas citadas no texto:
Encíclica Libertas:
http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_20061888_libertas_en.html
Encíclica Catholicae Ecclesiae:
http://www.vatican.va/holy_father/leo_xiii/encyclicals/documents/hf_l-xiii_enc_20111890_catholicae-ecclesiae_en.html
Aguardo os "documentos".
Abraços,
em Cristo
Claro que sim. É histórico isso, não hácomo mudar.
ResponderExcluirApoiou com discursos e tewndo escravos.
Qualquer professor de história sabe disso.
O papa até já pediu perdão.
Prezada Maria (belo nome),
ResponderExcluirqualquer professor de história sabe mesmo disso?
Será que eles usam livros como esse aqui: www.construindoopensamento.blogspot.com/2011/04/o-desastre-da-educacao-brasileira-antro.html
Independente disto, a senhora leu realmente o texto?
Percebeu a parte em que se da Igreja no Brasil colonial, em que temos os jesuítas, fiéis ao Papa e à Doutrina da Igreja (que prega serem os índios livres por natureza, não podendo ser escravizados), e a Igreja sob o Padroado, aquela que não ouvia o Papa e obedecia ao rei e seus interesses.
Mas caso a senhora tenha documentos com fontes fiéis, por favor não deixe de nos apresentar.
Um forte abraço e fique com Deus.