14 de junho de 2010

Veneração de Maria e dos Santos

ACUSAÇÃO: Esta veneração e intercessão é contrária ao ensinamento da bíblia que diz: “Adorarás o senhor teu Deus e só a Ele servirás”. - e em ( I Tm 2,5) “Há um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, Homem”.

RESPOSTA: 

a) Os católicos distinguem claramente entre culto de adoração, que devemos somente a Deus , nosso Criador e Redentor; e veneração, - que implica apenas: respeito, admiração, imitação, amor, etc., como se costuma demonstrar aos pais virtuosos, ou aos heróis da pátria ou da Igreja, erguendo em honra deles monumentos, e dando seus nomes a cidades, montanhas, praças, ruas, etc. Nada mais humano também bíblico! 

Até o próprio Deus venera os nomes dos santos patriarcas, permitindo na Bíblia ser denominado “o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacó”( Ex 3,6 ). 


Foi Deus que enviou o anjo Gabriel para saudar a Virgem Maria: “Ave, cheia de graça!” (Lc 1,2 e colocou na boca de Isabel as palavras inspiradas: “Bendita sois vós entre as mulheres”( Lc 1,42 ).

Igualmente Maria profere as palavras inspiradas pelo Espírito santo: “Doravante todas as gerações me chamarão bem-aventurada,…”( Lc 1,48 ). Portanto, cumprindo estas profecias bíblicas e repetindo com respeito e amor na oração de “Ave Maria”, a saudação de Gabriel e de Isabel, os católicos cumprem melhor as indicações da bíblia do que os protestantes, que ignoram tudo isso, e pretendem rezar somente a Deus.

b) Intercessão. A própria Bíblia aplica o título de “mediador” também a Moisés (Dt 5,5): “Eu fui naquele tempo intérprete e mediador entre o Senhor e vós”. E S. Paulo, na mesma carta em que declara Jesus como único mediador entre Deus e homens, indica também mediadores “secundários” ( I Tm 2,1-5): “Recomenda que se façam preces, orações, súplicas e ações de graças por todos os homens..” Pois, fazer orações por outros, é de fato, ser intercessor e mediador entre Deus e os outros.

c) Alguns “crentes” admitem que os vivos podem interceder em favor dos outros. Negam, porém, esta possibilidade aos falecidos, mesmo à Virgem Maria e aos Santos. Eis, o que lhes responde a Bíblia.

Em II Mac 15,12-15 lemos: “Parecia-lhe (a Judas Macabeu) que Onias, sumo sacerdote (á falecido!)… orava de mãos estendidas por todo o povo judaico… Onias apontando para ele, disse: “Este é amigo de seus irmãos e do povo de Israel; é Jeremias (falecido!), profeta de Deus, que ora muito pelo povo e por toda a cidade santa”. 

Se, pois, Moisés e Timóteo em vida, e Onias e Jeremias depois da morte, como ainda muitas outra pessoas na Bíblia, rezam a Deus e são mediadores entre Ele e o povo, quem poderá proibir esta intercessão à V. Maria e aos Santos? Por isso, desde os primeiros séculos, os fiéis cristãos rezavam: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora da nossa morte”. 

Portanto, as palavras de S. Paulo: “Há um só mediador entre Deus e homens, Jesus Cristo, Homem”, a tradição apostólica as entendia desta maneira: Jesus Cristo é o único Mediador (primeiro) que nos mereceu todas as graças e a salvação eterna, pela sua vida, morte e ressurreição. Só ele pode nos dar dos seus méritos, sem recorrer a nenhum outro mediador. Enquanto a V. Maria e os Santos intercedem por nós pecadores, como mediadores secundários, por meio de Jesus, recorrendo a seus méritos e sua mediação. Por isso, cada oração litúrgica termina: “por nosso Senhor Jesus Cristo…” Esta verdade herdamos dos primeiros cristãos. Antes de serem escritos os Evangelhos, eles aprenderam no “Símbolo Apostólico” ( ou Credo dos Apóstolos) “Creio na Comunhão dos Santos”. Sejamos gratos a Deus por tão bela verdade, por Ele a nós revelada!

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