20 de julho de 2010

XI - O BATISMO CISMÁTICO - A UNIDADE DA IGREJA

XI - O BATISMO CISMÁTICO

1. Contra esses homens brada o Senhor, para afastar ou retirar deles o seu povo desviado: "Não escuteis os sermões dos pseudoprofetas, porque vivem iludidos pelas alucinações do seu coração. Falam, mas não as palavras do Senhor. Aos que rejeitam a palavra de Deus dizem eles: tereis a paz, vós e todos os que andam segundo as próprias vontades. Não virá mal algum, ainda sobre aqueles que seguem os erros do próprio coração. Eu não lhes falei e eles vão profetando. Se tivessem atendido ao meu conselho, ouvido as minhas palavras e as tivessem ensinado ao meu povo, eu os teria convertido dos seus perversos pensamentos" (Jer 23,16-22).

2. E de novo fala deles o Senhor: "Abandonaram a mim, que sou a fonte da água viva, e escavaram para si covas escuras, que nem podem dar água" (Jer 2,13).

3. Enquanto não pode haver senão um Batismo, eles pensam que podem batizar. Abandonaram a fonte da vida e ainda prometem a graça da água que dá a vida e a salvação. Lá os homens não são purificados, mas, ao contrário, mais poluídos. Lá os pecados não são perdoados, mas, antes, aumentados. Aquele nascimento não gera filhos para Deus, mas para o demônio.

4. Os que pretendem nascer por meio da mentira não recebem absolutamente as promessas da verdade. Gerados pela perfídia, não alcançam a graça da fé. Aqueles que, no delírio da discórdia, quebraram a paz do Senhor, não podem chegar ao prêmio da paz.

São Cipriano de Cartago (249 d.C.)

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