Não se pode.
O Concílio Vaticano II proíbe acréscimos na Sagrada Liturgia, como foi
dito acima (Sacrossanctum Concílium, n.22). A interpretação do Missal é
estrita: assim, na Santa Missa, faz-se somente o que o Missal determina e
nada mais do que isso.
Esta é uma diferença entre a Santa Missa e os grupos de oração, os
encontros de evangelização e outros momentos fora da Sagrada Liturgia,
onde pode-se usar de uma espontaneidade que não tem lugar dentro da
Missa.
O Rito, por sua própria essência, prima pela unidade. Diz a Instrução Redemptionis Sacramentum (n.11) :
"O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa
permitir tratá-lo ao seu arbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu
caráter sagrado, nem sua dimensão universal. Quem age contra isto,
cedendo às suas próprias inspirações, embora seja sacerdote, atenta
contra a unidade substancial do Rito romano, que se deve cuidar com
decisão (...) Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia
elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria
natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente
a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus."
Também o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, juntamente o Messori,
no livro "A Fé em Crise?", publicado em 1985, afirma: "A liturgia não
vive de surpresas `simpáticas', de intervenções `cativantes', mas de
repetições solenes (...) Também por isso ela deve ser `predeterminada',
`imperturbável', porque através do rito se manifesta a santidade de
Deus. Ao contrário, a revolta contra aquilo que foi chamado `a velha
rigidez rubricista', (...) arrastou a liturgia ao vórtice do
`faça-você-mesmo', banalizando-a, porque reduzindo-a à nossa medíocre
medida".
http://www.reinodavirgem.com.br/liturgia/mitos-liturgicos.html
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