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11 setembro 2012

**Projeto de Código Penal angustia o País**


Subtítulos do artigo:

- Introdução
- Código Penal inspirado no PNDH-3
- Aplicação a conta-gotas
- Agora, um golpe mais profundo: a reforma do Código Penal
- Profundamente estatizante
- O tabu da menoridade penal
- A chamada “homofobia”: não nomeada, mas onipresente
- Uma lei contra a homofobia é juridicamente inútil e contraproducente
- Eutanásia: na lei, criminalizada; na prática, liberada
- Liberação assustadora do aborto
- O novo projeto vai muito além e abre as comportas de modo assustador.
- Por que não a “Roda dos enjeitados”?
- Até aborto à revelia da vontade da mãe
- Atitudes heróicas de futuras mães
- Conceito inadequado de escravidão
- Portas aberta para o lenocínio e o rufianismo
- Álcool na direção, não. Drogar-se, sim.
- Terrorismo “ruim” e terrorismo “bom”
- Equiparação de homens com animais
- Protegendo as pedras
- Driblando a lei de anistia
- Visão de conjunto

**Projeto de Código Penal angustia o País**


As ameaças do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) ressurgem com
força coercitiva no anteprojeto de Código Penal,agora transformado em projeto que tramita no Senado. Estatização avançada, aborto largamente difundido, privilégios para os LGBT, drogas liberadas para cultivo e consumo próprios, enquanto os motoristas não podem tomar álcool, eutanásia favorecida, bullying penalizado, ampliação descabida dos crimes hediondos, indefinição do que possa ser “condição análoga à de escravo”, liberação total do lenocínio e do rufianismo, favorecimento do terrorismo praticado por movimentos ditos “sociais”, exaltação absurda dos animais. São estes alguns itens desse ameaçador projeto, que será aprovado se não houver uma mobilização à altura da população.

Gregorio Vivanco Lopes

Revista Catolicismo/setembro de 2012.

A fim de explicar, de modo acessível, a manobra que vem sendo feita para
implementar, mediante o atual Projeto de Código Penal, partes essenciais do PNDH-3 do governo Lula da Silva, imaginamos a parábola que segue.

* * *


Durante os dias que precediam o Natal, um exército de índole
eco-socialo-comunista, poderosamente armado, cercou uma pacífica e desprevenida aldeia, com o fim de conquistá-la e obrigar seus cidadãos a seguirem novos costumes e novas leis, coagi-los a agir e até a pensar contra seus princípios cristãos e sua vontade, e assim, sem derramar uma só gota de sangue, sujeitá-los a uma tirania de esquerda.

“Eles vão estar preocupados em preparar as festas natalinas, e nem se darão
conta de nossa aproximação e de nossas intenções”, foi o cálculo feito pelos comandantes daquele exército. “Vamos pegá-los desprevenidos”.

Houve um fator, porém, com o qual os invasores não contavam. A aldeia tinha
alguns sentinelas, que ao dar-se conta das manobras daquela tropa, deram o alarme. Foi um “Deus nos acuda”. Os alertas e as denúncias correram entre os habitantes como um corisco. Todos se mobilizaram, cada qual tirou de seus pertences as poucas armas que possuía; sobretudo apareceu de repente uma vontade indômita de não se deixar dominar.

Esse “arsenal” seria ridículo para enfrentar o poder daquele exército, menos
num ponto que foi cuidadosamente pesado pelos invasores. A partir do momento em que soou o alerta, deixou de ser possível que a conquista se fizesse de modo pacífico e despercebido. Os comandantes tinham força suficiente para avançar, é fora de dúvida, mas seria ao preço de resistências e de lutas, produzindo mal-estares profundos e recusas ostensivas, enfim espezinhando a população, se não do ponto de vista cruento ao menos sob o aspecto moral e psicológico.

Reuniu-se então o conselho dos oficiais para decidir o que fazer. Chegaram a
uma conclusão maquiavélica. Não haveria invasão, não compensava. O exército operaria uma retirada, porém apenas aparente. Não abdicaria de suas intenções, mas procuraria fazer-se esquecer, dar a impressão de que desistira. Quando os habitantes da aldeia estivessem suficientemente olvidados do ocorrido, mandariam pequenos destacamentos, em trajes civis, para procurar impor um ou outro ponto de seu grande programa de domínio. Agiriam por etapas e aos poucos para não despertar reações.

Em certo momento poderiam tentar um golpe mais profundo que virtualmente
impusesse aos pobres aldeães grande parte daquilo que eles não queriam, e então com ameaças de prisão e de penas várias. No final teriam infligido a todos os habitantes seu plano primeiro.

07 março 2012

Apoio ao pe. Paulo Ricardo

      Alguns dias atrás um grupo de sacerdotes da diocese de Cuiabá resolveram protestar através de uma carta contra o pe. Paulo Ricardo por vir resgatando milhares de Católicos da ignorância que viam vivendo.


      Vários blogs Católicos já se manifestaram sobre o ocorrido:
http://domvob.wordpress.com/2012/03/06/se-calarem-a-voz-dos-profetas-as-pedras-falarao/

13 novembro 2011

O perigo do "planejamento familiar"

(um termo perigoso usado por pessoas inocentes)


Antes de construir uma casa é preciso planejá-la. Será grande ou pequena? Terá um ou dois pisos? Quantos quartos e quantos banheiros? A resposta a essas perguntas depende da vontade do construtor e da utilidade que ele pretende dar à edificação.

Uma família, porém, é diferente de uma casa feita de tijolos. O tamanho dela não depende simplesmente da vontade do casal. Ele não pode “planejar” a família como faria com um edifício. O termo “planejamento familiar” dá a entender que compete ao casal – e somente a ele – determinar o número e o espaçamento de seus filhos. Ora, essa autonomia absoluta não existe. Só Deus é o Senhor da Vida. O que o casal pode e deve fazer é ficar atento aos sinais de Deus para descobrir qual é a sua vontade, e pô-la em prática. Ouçamos o Catecismo:
 
“A Sagrada Escritura e a prática tradicional da Igreja vêem nas famílias numerosas um sinal da bênção divina e da generosidade dos pais”[1].
 

28 junho 2011

Parada Gay: respeitar e ser respeitado

Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados.

Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida. São Sebastião foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir. Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!

“Nem santo salva do vírus da AIDS”. Pois é verdade. O que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo. Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus.

A Igreja católica refuta a acusação de “homofóbica”. Investiguem-se os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. A Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito. Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna.

Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar. Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer.

A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher. Afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher.

Causa preocupação a crescente ambiguidade e confusão em relação à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura. Antes de ser um problema moral, é um problema antropológico, que merece uma séria reflexão, em vez de um tratamento superficial e debochado, sob a pressão de organizações interessadas em impor a todos um determinado pensamento sobre a identidade do ser humano. Mais do que nunca, hoje todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida. Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?

As ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles. E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros.

Publicado em
O SÃO PAULO, ed. de 28.06.2011
Card. Odilo P. Scherer
Arcebispo de São Paulo

Fonte: http://arquidiocesedesaopaulo.org.br/osaopaulo.htm

21 maio 2011

Trechos do PL122, para entender as entrelinhas

 

Leiam um trecho do PL 122:
 
Art. 4º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passa a vigorar acrescida do seguinte Art. 4º-A:
“Art. 4º-A Praticar o empregador ou seu preposto atos de dispensa direta ou indireta: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco)anos.”
Art. 5º Os arts. 5º, 6º e 7º da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1999, passam a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 5º Impedir, recusar ou proibir o ingresso ou a permanência em qualquer ambiente ou estabelecimento público ou privado, aberto ao público: Pena: reclusão de 1 (um) a 3 (três) anos.”

Para demitir um homossexual, um empregador terá de pensar duas vezes. E cinco para contratar — caso essa homossexualidade seja aparente. Por quê? Ora, fica decretado que todos os gays são competentes. Aliás, na forma como está a lei, só mesmo os brancos, machos, heterossexuais e eventualmente cristãos não terão a que recorrer em caso de dispensa. Jamais poderão dizer: “Pô, fui demitido só porque sou hétero e branco! Quanta injustiça!”. O corolário óbvio dessa lei será, então, a imposição posterior de uma cota de “gênero”, “orientação” e “identidade” nas empresas. Avancemos.

“Art. 6º Recusar, negar, impedir, preterir, prejudicar, retardar ou excluir, em qualquer sistema de seleção educacional, recrutamento ou promoção funcional ou profissional: Pena - reclusão de 3 (três) a 5 (cinco) anos. ”
 
Cristãos, muçulmanos, judeus etc têm as suas escolas infantis, por exemplo. Sejamos óbvios, claros, práticos: terão de ignorar o que pensam a respeito da homossexualidade, da “orientação sexual” ou da “identidade de gênero” — e a Constituição lhes assegura a liberdade religiosa — e contratar, por exemplo, alguém que, sendo João, se identifique como Joana? Ou isso ou cana?

Art. 7º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar acrescida dos seguintes art. 8º-A e 8º-B:
 
“Art. 8º-B Proibir a livre expressão e manifestação de afetividade do cidadão homossexual, bissexual ou transgênero, sendo estas expressões e manifestações permitidas aos demais cidadãos ou cidadãs: Pena: reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos.”
 
Pastores, padres, rabinos etc. estariam impedidos de coibir a manifestação de “afetividade”, ainda que os fundamentos de sua religião a condenem. O PL 122 não apenas iguala a orientação sexual a raça como também declara nulos alguns fundamentos religiosos. É o fim da picada! Aliás, dada a redação, estaríamos diante de uma situação interessante: o homossexual reprimido por um pastor, por exemplo, acusaria o religioso de homofobia, e o religioso acusaria o homossexual de discriminação religiosa, já que estaria impedido de dizer o que pensa. Um confronto de idéias e posturas que poderia ser exercido em liberdade acaba na cadeia. Mas o Ai-5 mesmo vem agora:

“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero:
 
§ 5º O disposto neste artigo envolve a prática de qualquer tipo de ação violenta, constrangedora, intimidatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica.”
 
Não há meio-termo: uma simples pregação contra a prática homossexual pode mandar um religioso para a cadeia: crime inafiançável e imprescritível. Se for servidor público, perderá o cargo. Não poderá fazer contratos com órgãos oficiais ou fundações, pagará multa… Enfim, sua vida estará desgraçada para sempre. Afinal, alguém sempre poderá alegar que um simples sermão o expôs a uma situação “psicologicamente vexatória”. A lei é explícita: um “processo administrativo e penal terá início”, entre outras situações, se houver um simples “comunicado de organizações não governamentais de defesa da cidadania e direitos humanos.” Não precisa nem ser o “ofendido” a reclamar: basta que uma ONG tome as suas dores.

A PL 122 institui o estado policial gay! E o chanceler no Mackenzie, Augustus Nicodemus Lopes, já é alvo dessa patrulha antes mesmo de essa lei ser aprovada.

O que querem os proponentes dessa aberração? Proteger os gays? Não há o risco de que aconteça o contrário? A simples altercação com um homossexual, por motivo absolutamente alheio à sua sexualidade, poderia expor um indivíduo qualquer a um risco considerável. Se o sujeito — no caso, o gay — for honesto, bem: não vai apelar à sua condição de “minoria especialmente protegida”; se desonesto — e os há, não? —, pode decidir infernizar a vida do outro. Assim, haverá certamente quem considere que o melhor é se resguardar. É possível que os empregadores se protejam de futuros dissabores, preferindo não arriscar. Esse PL empurra os gays de volta para o gueto.

Linchamento moral
 
O PL 122 é uma aberração jurídica, viola a liberdade religiosa e cria uma categoria de indivíduos especiais. À diferença de suas “boas intenções”, pode é contribuir para a discriminação, à medida que transforma os gays numa espécie de “perigo legal”. Os homossexuais nunca tiveram tanta visibilidade. Um gay assumido venceu, por exemplo, uma das jornadas do BBB. Cito o caso porque houve ampla votação popular. A “causa” está nas novelas. Programas de TV exibem abertamente o “beijo gay”. Existe preconceito? Certamente! Mas não será vencido com uma lei que acirra as contradições e as diferenças em vez de apontar para um pacto civilizado de convivência. Segundo as regras da democracia, há, sim, quem não goste dessa exposição e se mobiliza contra ela. É do jogo.

Ninguém precisa de uma “lei” especial para punir aqueles delinqüentes da Paulista. Eles não estão fora da cadeia (ou da Fundação Casa) porque são heterossexuais, e sua vítima, homossexual. A questão, nesse caso, infelizmente, é muito mais profunda e diz muito mais sobre o Brasil profundo: estão soltos por causa de um preconceito social. Os homossexuais que foram protestar na Paulista movidos pela causa da “orientação sexual” reduziram a gravidade do problema.

Um bom caminho para a liberdade é não linchar nem física nem moralmente aqueles de quem não gostamos ou com quem não concordamos. Seria conveniente que os grupos gays parassem de quebrar lâmpadas na cabeça de Augustus Nicodemus Lopes, o chanceler do Mackenzie. E que não colocassem com tanta vontade uma corda no próprio pescoço sob o pretexto de se proteger. Mas como iluminar minimamente a mentalidade de quem troca o pensamento pela militância?

Fonte: Veja On Line

09 maio 2011

Supremo absurdo


Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
A Constituição Federal de 1988 reconheceu como entidade familiar a “união estável” entre o homem e a mulher:

Art. 226, § 3º. Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

Conforme reconhece o ministro Ricardo Lewandowski, “nas discussões travadas na Assembleia Constituinte a questão do gênero na união estável foi amplamente debatida, quando se votou o dispositivo em tela, concluindo-se, de modo insofismável, que a união estável abrange, única e exclusivamente, pessoas de sexo distinto”[1]. Logo, sem violar a Constituição, jamais uma lei poderia reconhecer a “união estável” entre dois homens ou entre duas mulheres. De fato, o Código Civil, repetindo quase literalmente o texto constitucional, reconhece a “união estável” somente entre o homem e a mulher:

Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.

07 maio 2011

Deus existe? - Dr. William Lane Craig

Título original: Does God exist? Tradução e adaptação: Vanderlei Ortigoza.

C. S. Lewis comentou certa vez que a existência de Deus é muito mais que uma questão meramente interessante. Afinal, se Deus não existe, não há nenhuma razão para nos interessarmos por ele. Mas se existe, nosso maior objetivo de vida é nos relacionarmos com este ser do qual depende nossa existência.

Muitos consideram o assunto irrelevante. Quem pensa assim demonstra que não refletiu seriamente sobre o problema. Até mesmo filósofos ateístas como Sartre e Camus admitiram que a existência de Deus é importante para a humanidade. Proponho três razões para meditarmos sobre a importância de Deus.

Sem Deus, a vida não tem sentido

Imagine que não há vida após a morte. Nesse caso, pouco importa a maneira como vivemos, pois se não precisamos prestar contas de nossos atos a Deus, significa que ninguém será punido ou recompensado por suas ações. Do ponto de vista moral, nossa existência se torna irrelevante. É óbvio que a vida ainda possuiria significado relativo, no sentido de que influenciamos outras pessoas ou alteramos o curso da história. Algum dia, entretanto, o universo se esfriará por completo e tudo perecerá. Quando isso acontecer, não fará nenhuma diferença as contribuições dos cientistas para o avanço do conhecimento, as pesquisas médicas para aliviar a dor e o sofrimento, o empenho dos diplomatas para garantir a paz no mundo, o sacrifício para melhorar a qualidade de vida da humanidade etc.; tudo terá sido em vão.

Sem Deus, não há esperança

Ou melhor, sem Deus não há esperança de nos livrarmos do mal. Embora muitos questionem como um Deus bom pôde criar um mundo com tanta maldade, na verdade a maior parte do sofrimento é causada pelo próprio ser humano. Os horrores das últimas duas guerras mundiais destruíram a ingenuidade otimista do século XX quanto ao progresso moral da humanidade. Se Deus não existe, estamos presos a um mundo sem esperança, repleto de sofrimento gratuito e sem a menor condição de erradicarmos o mal.

Além disso, se não há Deus, não há como escaparmos do envelhecimento e da morte. Talvez os mais jovens tenham dificuldade para compreender isso, mas a menos que o indivíduo morra jovem, em breve travará uma guerra perdida tentando impedir o avanço inevitável do envelhecimento e das doenças (possivelmente incluindo a senilidade) e, ao final (se não há vida após a morte) deixará de existir. O ateísmo, portanto, é uma filosofia sem esperança.

Em contrapartida, se Deus existe a vida adquire significado e esperança, além da possibilidade de conhecê-lo e amá-lo pessoalmente. Pense em um Deus bom e infinito que deseja amá-lo e ser seu amigo. Que mais o ser humano poderia desejar? Se Deus existe, sem dúvida faz toda diferença acreditar nele, não apenas para a humanidade, mas para você e eu.

Apesar de nenhum desses argumentos provar de modo categórico a existência de Deus, demonstram que faz toda diferença se Deus existe. Ainda que as evidências a favor e contra fossem absolutamente iguais, creio que a atitude mais racional seria acreditar em Deus. Em outras palavras, se houvesse 50% de chance de Deus existir ou não, porque alguém escolheria a morte, a futilidade e o desespero em detrimento da esperança, do propósito e da alegria?

Entretanto, não acredito que as evidências sejam absolutamente iguais e quero expor cinco razões plausíveis para você acreditar em Deus. Muitos livros foram escritos sobre cada uma delas, de modo que minha intenção aqui é apenas apresentar um breve resumo. Todo ser humano possui em sua psique a vontade de procurar sentido nas coisas e compreender a realidade como ela é de fato. Observe que a existência de Deus faz sentido para explicar diversos fatos de nossa existência.



29 abril 2011

O estranho em nosso lar

John-Henry Westen

De vez em quando, vale a pena republicar aqueles e-mails anônimos que recebemos…

Quando eu estava crescendo, nunca questionei seu lugar na minha família. Em minha mente de menino, ele tinha um lugar especial. Meus pais eram instrutores complementares: mamãe me ensinava a fazer a diferença entre o bem e o mal, e papai me ensinava a obedecer. Mas o estranho… ele era um contador de estórias. Ele nos mantinha fascinados por horas sem fim com aventuras, mistérios e comédias.

Às vezes, mamãe se levantava silenciosamente enquanto o resto de nós ficava pedindo para falar baixo uns para os outros para que pudéssemos dar atenção ao que ele tinha a dizer, e ela iria para a cozinha para ter um lugar de paz e quietude. (Fico imaginando agora se ela ia ali às vezes para orar para que o estranho fosse embora.)

Papai governava nosso lar com certas convicções morais, mas o estranho nunca se sentia na obrigação de honrá-las. Palavrões, por exemplo, não eram permitidos em nosso lar — nem a partir de nós, nem de nossos amigos e nem de nenhum visitante. Mas nosso visitante de longa data escapava impune com palavras feias que me ardiam nos ouvidos e faziam meu pai se torcer e minha mãe corar de vergonha. Meu pai não me dava permissão de usar álcool, mas o estranho nos incentivava a prová-lo numa base regular. Ele fazia os cigarros parecerem bacanas, os charutos masculinos e os cachimbos distintos. Ele conversava com liberdade (excessiva liberdade!) sobre sexo. Seus comentários eram às vezes descarados, às vezes insinuantes e geralmente de dar vergonha.

Hoje sei que meus primeiros conceitos sobre relacionamentos foram fortemente influenciados pelo estranho. Frequentemente, ele se opunha aos valores dos meus pais, mas raramente era repreendido… E ninguém NUNCA lhe ordenou ir embora.

Mais de cinquenta anos se passaram desde que o estranho foi viver com nossa família. Ele se adaptou na mesma hora, mas não é praticamente tão fascinante quanto era antes. Contudo, se você pudesse entrar na casa dos meus pais hoje, você ainda o veria sentado no canto, esperando que alguém lhe dê atenção e assista-o mostrar seus quadros.

O nome dele?…

Nós o chamamos simplesmente de “TV”.

Ele tem uma esposa agora… Nós a chamamos “Computador”.

Seu filho é o “telefone celular”.


Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com

14 abril 2011

Padre Cantalamessa sugere “proibir” a fofoca

[que] Inocula veneno dentro da Igreja


CIDADE DO VATICANO, domingo, 10 de abril de 2011 (ZENIT.org) - "Aqui não se fofoca!". Esse aviso deveria ser colocado em muitos ambientes de convivência, segundo sugeriu na sexta-feira o padre Raniero Cantalamessa OFM cap, na meditação de Quaresma que dirigiu a Bento XVI e seus colaboradores da Cúria Romana.

Ao discutir a frase da Carta de São Paulo aos Romanos, que "a caridade não seja fingida", o frade capuchinho considerou que no campo da caridade na Igreja há um aspecto que precisa de conversão: o ato de ficar julgando uns aos outros.

O fato de julgar não é em si algo mau, esclareceu, o que é verdadeiramente mau é "o veneno do nosso julgar": "o rancor, a condenação".

Perante o Papa, cardeais, bispos, sacerdotes e religiosos presentes na capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, Cantalamessa explicou que, "em si, julgar é uma ação neutra"; "o juízo pode terminar tanto em condenação quanto em absolvição e justificação".

"São os juízos negativos os que a palavra de Deus reprime e elimina, aqueles que condenam o pecador junto com o pecado, aqueles que olham mais para a punição do que para a correção do irmão", disse.

"Para estimar o irmão, é preciso não estimar demais a si mesmo - prosseguiu -; é necessário ‘não ter uma visão alta demais de si próprio'". "Quem tem uma ideia muito alta de si mesmo é como um homem que, à noite, tem diante dos olhos uma fonte de luz intensa: não consegue ver nada além dela; não consegue ver a luz dos irmãos, seus dotes e seus valores."

"‘Minimizar' deve se tornar o nosso verbo preferido nas relações com os outros: minimizar os nossos destaques e minimizar os defeitos alheios. Não minimizar os nossos defeitos e os destaques alheios, como somos tantas vezes levados a fazer; é diametralmente o oposto!"

A fofoca

A fofoca mudou de nome, chama-se ‘gossip', afirmou Cantalamessa. "Parece ter virado coisa inocente, mas é uma das que mais poluem a vida em grupo".

"Não basta não falar mal dos outros; precisamos também impedir que os outros o façam em nossa presença; fazê-los notar, mesmo que silenciosamente, que não estamos de acordo."

"Em muitos locais públicos está escrito ‘Aqui não se fuma'. Antigamente havia até alguns avisos de ‘Aqui não se blasfema'. Não faria mal acrescentar, em alguns casos, ‘Aqui não se fofoca'".

Na internet, terceira prédica de Quaresma: http://www.zenit.org/article-27696?l=portuguese

24 fevereiro 2011

Falece Bernard Nathanson, ícone da luta pró-vida

Famoso ex-abortista morre de câncer aos 84 anos



NOVA YORK, quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011 (ZENIT.org) - O Dr. Bernard Nathanson, ginecologista, ex-líder pró-aborto, que mudou sua opinião sobre o aborto e mais tarde se converteu ao catolicismo, morreu na última segunda-feira, aos 84 anos de idade.

Uma vez líder do movimento pró-aborto, Nathanson foi o primeiro a dar um discurso na Primeira Conferência Nacional sobre as leis de aborto, em 1969, e, no mesmo ano, fundou a Associação Nacional para revogar as leis do aborto, conhecida como NARAL Pro-choice da América.

Nathanson calculou ter sido responsável por 75 mil abortos. Ele, pessoalmente, organizou 5 mil procedimentos, incluindo um para sua namorada, de seu próprio filho, antes de mudar seu ponto de vista sobre o aborto, nos anos 70.

Nathanson escreveu, em sua autobiografia, que o desenvolvimento da tecnologia de ultrassom, que lhe permitiu ver imagens de crianças por nascer, influenciou a sua mudança de mentalidade. Ele logo se tornou um veemente ativista pró-vida, famoso por sua afirmação de que o aborto é "o holocausto mais atroz da história dos Estados Unidos".

Fez dois documentários muito influentes sobre o aborto: "O Grito Silencioso" (1984) e "O eclipse da razão" (1987). Escreveu "Aborting America", em 1979, ano em que praticou seu último aborto, e publicou sua autobiografia em 1996, intitulada "A mão de Deus: uma viagem da morte à vida, pelo Dr. Aborto, que mudou de opinião".

Nathanson se descreveu como um judeu ateu que se converteu ao catolicismo em 1996, com a ajuda do Pe. John McCloskey, do Opus Dei. Foi batizado nesse ano pelo cardeal John O'Connor, na catedral de St. Patrick, em Nova York, na festa da Imaculada Conceição.

"Nathanson foi uma figura de referência no movimento pró-vida - disse o Pe. McCloskey a ZENIT. Sua consciência o levou - um médico judeu e ateu - a reconhecer a evidência científica que mostra que a vida do nascituro existe desde a concepção e deve ser protegida desde a concepção até a morte natural."

"Ao mesmo tempo - acrescentou -, depois de muitos anos de pesquisa, recebeu o dom da fé católica. (...) Eu acho que sua dupla conversão será vista como um ponto de inflexão na luta que nos leva a um fim definitivo do aborto nos EUA, e esperamos que no mundo inteiro também."

Nathanson, ao morrer, deixa sua esposa, Christine, e seu filho.

(Karna Swanson)

01 dezembro 2010

A Lei Moral

O Plano de Deus mostra ao homem o caminho que deve seguir para praticar o bem e alcançar seu fim último: a plena reconciliação e a salvação.


O Antigo Testamento de Deus dá a seu Povo, por meio de Moisés, os Dez Mandamentos, que são o resumo da Lei moral.


No Novo Testamento Jesus Cristo nos dá a Lei evangélica, que é a perfeição da Lei divina natural e revelada.


Como a lei moral pode ser classificada?


A lei moral pode ser classificada em lei natural, lei moral antiga ou lei de Moisés, e lei moral nova ou lei evangélica.


Que passos seguiu a lei moral?


A lei moral seguiu três passos: 1o foi escrita a lei natural no coração dos homens; 2o foi revelada por Deus nos Dez Mandamentos; e 3o Jesus Cristo confirmou e aperfeiçoou a lei divina e revelada por meio dos ensinamentos do Evangelho e a virtude do Espírito Santo.

29 novembro 2010

É legítimo matar alguém em legítima defesa?

Algumas pessoas me perguntam se matar alguém para se defender, ou para defender a vida de pessoas inocentes, se é pecado. A Igreja ensina que, não havendo outra saída, pode-se matar o agressor injusto para defender a própria vida e a de outras pessoas inocentes; especialmente isso é válido para os que trabalham nas diversas polícias. 

Evidentemente que todo esforço deve ser feito no sentido de não matar, mas, se não houver outra saída, paciência…  

A Igreja ensina que: “Se os meios não sangrentos bastarem para defender as vidas humanas contra o agressor e para proteger a ordem pública e a segurança das pessoas, a autoridade se limitará a esses meios, porque correspondem melhor às condições concretas do bem comum e estão mais conformes à dignidade da pessoa humana” (João Paulo II, enc. EV, 56 (1995); Cat. §2267). 

O Catecismo da Igreja ensina no §2263 que:A legítima defesa das pessoas e das sociedades não é uma exceção à proibição de matar o inocente, que caracteriza o homicídio voluntário: “A ação de defender-se pode acarretar um duplo efeito: um é a conservação da própria vida, o outro é a morte do agressor… (S. Tomás de Aquino, S. Th. II-II, 64,7). Só se quer o primeiro; o outro não” (idem). Neste caso não se deseja matar o agressor, mas defender a própria vida e a de inocentes. Não há a intenção maldosa de matar.

A Igreja também ensina que: “O amor a si mesmo permanece um princípio fundamental da moralidade. Portanto, é legitimo fazer respeitar o próprio direito à vida. Quem defende sua vida não é culpável de homicídio, mesmo se for obrigado a matar o agressor” (§2264). O que não se pode é usar de violência mais do que necessário. “E não é necessário para a salvação omitir este ato de comedida proteção, para evitar matar o outro; porque, antes da de outrem, se está obrigado a cuidar da própria vida” (idem). 

O Catecismo chega a dizer que: “A legítima defesa pode ser não somente um direito, mas um dever grave, para aquele que é responsável pela vida de outros, pelo bem comum da família ou da sociedade. Preservar o bem comum da sociedade exige que o agressor se prive das possibilidades de prejudicar a outrem… Por razões análogas os detentores de autoridade têm o direito de repelir pelas armas os agressores da comunidade civil pela qual são responsáveis” (§2265). Isto deixa claro pela Igreja que os profissionais que trabalham com a segurança das pessoas devem defende-las mesmo usando da violência se for preciso para salvaguardar a vida dos inocentes.   

Portanto, há que se fazer de tudo para não matar, mesmo ao agressor injusto, mas, se não houver outra saída para se defender a própria vida e a de pessoas inocentes, a vida a ser sacrificada deve ser a do agressor. Isto é o que a moral católica ensina como “mal menor”. Ele só pode ser alegado quando não se tem outra alternativa para se fazer o bem. 

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

27 novembro 2010

Legítima Defesa no CIC

§2263 A LEGÍTIMA DEFESA 

 
A legítima defesa das pessoas e das sociedades não é uma exceção à proibição de matar o inocente, que constitui o homicídio voluntário. "A ação de defender-se pode acarretar um duplo efeito: um é a conservação da própria vida, o outro é a morte do agressor. Só se quer o primeiro; o outro, não."

§2264 O amor a si mesmo permanece um princípio fundamental da moralidade. Portanto, é legítimo fazer respeitar seu próprio direito à vida. Quem defende sua vida não é culpável de homicídio, mesmo se for obrigado a matar o agressor:

29 setembro 2010

Este é o tipo de mulher que a capricho fabrica. "Fabrica" mesmo, pois deixam de ser mulheres para se tornarem PRODUTOS.


08 setembro 2010

O meu grito de excluído

Meu grito de excluído...

Depois ler e ver as fotos do post "Escândalo! O comunismo, o abortismo, o gayzismo e… a Arquidiocese de Olinda e Recife!" lá no Deus lo Vult, que trata dos "grito dos excluídos", só nos resta rezar pelo nosso Arcebispo. As fotos e a narração de Jorge é triste, lamentável e de partir o coração. 

Deixo aqui meus parabéns ao Jorge por sua coragem.

Deus tenha piedade da nossa Arquidiocese.

23 abril 2010

Dia da terra com anúncios provocantes - CatholicVote.org

Grande ideia do CatholicVote.org.

Fonte: https://www.catholicvote.org/index.php?/site/donationpage/

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É hora de levar a mensagem de vida para as ruas!

Então CatholicVote.org está comemorando o Dia da Terra?


Por que não mostrar o mundo como o Dia da Terra deve ser comemorado - comemorando o maior presente da natureza - a vida humana.


Nosso objetivo é usar o Dia da Terra para levar os americanos a pensar mais profundamente sobre o que significa verdadeiramente o respeito da Terra e da criação. Grupos ambientais muitas vezes vêem os humanos como o inimigo da natureza. Nós acreditamos que os seres humanos são a maior criação de Deus, e o maior dos recursos da Terra.


09 abril 2010

Desfazendo mitos sobre pedofilia envolvendo sacerdotes

abril 2nd, 2010
Deal Hudson,
Revista Crisis magazine
 
1- É provável que os padres católicos sejam mais pedófilos do que qualquer outro grupo masculino.

Isto é simplesmente falso. Não existe absolutamente nenhuma evidência de que haja mais probabilidade de padres violentarem as crianças do que qualquer outro grupo de homens. O uso e abuso de crianças como objeto de satisfação sexual de adultos é uma epidemia que atinge todas as classes, profissões, religiões e comunidades étnicas espalhadas pelo mundo todo, como indicam claramente as estatísticas em pornografia infantil, incesto e prostituição infantil.

Continue a ler no blog do Prof. Felipe Aquino: BLOG

07 abril 2010

Campanha contra o Papa e a Igreja só procura vender, afirma escritor judeu

MADRI, 06 Abr. 10 / 10:27 am (ACI).- O poeta, escritor, colunista e ensaísta judeu Jon Juaristi, publicou no domingo de Ressurreição um artigo no jornal espanhol ABC no qual assinala que "não é necessário ser católico" para ver aonde aponta a campanha da mídia contra o Papa Bento XVI e a Igreja, que só procura vender e tirar os católicos da esfera pública.

Em seu artigo intitulado "Justiceiros", Juaristi assinala que "com o risco de resultar um pedante, volto sobre o tema de minhas colunas anteriores, porque a turba segue rugindo e muitos jornalistas e bloggers livres pretendem agora que o Papa apresente sua demissão. Uma hipotética demissão papal tem mais morbo para este tipo de pessoal, dito seja de passagem, que os próprios atos de pedofilia ou efebofilia cometidos por sacerdotes, que vão se revelando como puro pretexto para encurralar Bento XVI".

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"E resulta que só o Papa e a Igreja tomaram a sério este assunto. Explorando o escândalo, a imprensa amarela só procura vender, e a ala progressista, tirar os católicos do espaço público, ou ao menos, se a campanha não desse para tanto, deixar a reputação do clero pelos chãos", prossegue.

Juaristi recorda logo que "se por acaso já não disse suficientes vezes, não sou católico, mas não me escapa a imensa talha moral do atual Pontífice em comparação com seus atuais e pululantes caluniadores, verdadeira massa de perseguição".

"Não é necessário ser católico para ver com claridade aonde conduz esta batida da mídia contra a Igreja, e, embora admita que a condição de judeu ajuda o seu a intuí-lo, acredito que basta entendendo que o justiceirismo supõe sempre uma corrupção do reto sentido da justiça. Este se eclipsou desde que Bento XVI fez pública sua carta aos católicos irlandeses".

Desde esse momento, denuncia Juaristi, "o alvo dos ataques já não constituem os sacerdotes pederastas e os bisposencobridores, mas o Papa, contra quem se mobilizou a ala liberal justiceira, tomando a carta em questão como um sintoma de debilidade, quando foi, claramente, uma demonstração de força moral que deixa em evidência a incapacidade flagrante do progressismo para levar adiante uma crítica análoga de suas próprias iniqüidades".

"Como neste caso não parece que vai funcionar o princípio de que, ferido o pastor, dispersar-se-ão as ovelhas, é previsível que a campanha aumente durante algum tempo e que a cena se encha –já está passando– de espontâneos que nos contem o que sofreram com o sacerdote pedófilo que lhes correspondeu", continua.

Finalmente o colunista judeu assinala que esta maneira de proceder "é o correlato obrigatório do justicierismo: a socialização da condição de vítima, a cultura da queixa. Mas a isto já têm acostumados. Que liberal progressista não tem um avô fuzilado por Franco, enterrado em ravina ignoto ou em sarjeta poeirenta? O mal é que, como passa sempre, a moeda falsa expulsa a boa do mercado e o justiceiro acabará por ocultar a dor das verdadeiras vítimas"

17 fevereiro 2010

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE O PAPA BENTO XVI PARA A QUARESMA DE 2010

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE
O PAPA BENTO XVI
PARA A QUARESMA DE 2010

“A justiça de Deus está manifestada
mediante a fé em Jesus Cristo” (cf. Rm 3, 21–22)

Fonte: Santa Sé

Queridos irmãos e irmãs,

Todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida à luz dos ensinamentos evangélicos. Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cf. Rm 3, 21–22).

Justiça: “dare cuique suum”

Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romana do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais intimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado à sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena centenas de milhões de seres humanos á morte por falta de alimentos, de água e de medicamentos -, mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Como e mais do que o pão ele de fato precisa de Deus. Nota Santo Agostinho: se “a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu… não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).

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De onde vem a injustiça?

O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7, 14-15.20-21). Para além da questão imediata relativo ao alimento, podemos entrever nas reações dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua atuação: Esta maneira de pensar – admoesta Jesus – é ingênua e míope. A injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista: “Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl 51, 7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, pegando no fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram à lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição; à lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cf. Gn 3, 1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?

Justiça e Sedaqah

No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente” (Sl 113, 7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De fato sedaqah significa, dum lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cf. Ex 29, 12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e á viúva (cf. Dt 10, 18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei , pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egito. Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre (cf. Eclo 4, 4-5.8-9), o estrangeiro (cf. Ex 22, 20), o escravo (cf. Dt 15, 12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto-suficiência, daquele estado profundo de fecho, que á a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efetuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?

Cristo, justiça de Deus

O anuncio cristão responde positivamente à sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De fato não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vitima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3, 21-25).

Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O fato de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cf. Gl 3, 13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objeção: que justiça existe lá onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidencia que o homem não é um ser autárquico, mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.

Compreende-se então como a fé não é um fato natural, cômodo, obvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitencia e da Eucaristia. Graças à ação de Cristo, nós podemos entrar na justiça “maior”, que é aquela do amor (cf. Rm 13, 8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.

Precisamente fortalecido por esta experiência, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.

Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autêntica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.

Vaticano, 30 de Outubro de 2009

BENEDICTUS PP. XVI

19 janeiro 2010

Sinais...

Por D. Henrique Soares da Costa, Bispo Auxiliar de Aracaju

Caro Internauta, há alguns temas importantes que merecem ser acompanhados por você:

1. A crise na Venezuela, que vai se alastrando. Sempre fiz críticas duras neste Blog ao Ditador da Venezuela e ao seu programa infame de instalar uma ditadura socialista naquele pobre país, fazendo dele o mesmo "paraíso" que é Cuba. A receita utilizada foi a mesma que Hitler usou e deu certo: utilizou a democracia para destruir a democracia. Como na época de Hitler o mundo se omitiu, do mesmo modo agora, a omissão é a mesma; e ainda há o apoio de governos como o brasileiro. É uma vergonha o que se está fazendo com a aquele país. Acompanhe. Só advirto para um perigo, ensinado pela história: quando um regime ditatorial está em crise, procura-se um inimigo externo como bode expiatório. Atenção: a Colômbia que se cuide, pois há uma grande probabilidade de o Ditador Chavez inventar uma guerra por algum motivo mentiroso. E o Brasil irá apoiá-lo ou ficar em cima do muro, como fez na vergonhosa questão de Honduras, criada pelo próprio Chavez...

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2. Acompanhe com atenção o Decreto sobre os Direitos Humanos do Governo Lula: facilitação do aborto, promoção da retirada dos símbolos religiosos das repartições públicas, promoção das reivindicações justas ou injustas dos grupos homossexuais... É o programa para destruir os traços do que resta da cultura cristã dos brasileiros... Há ainda outros pontos tortos, como a censura à imprensa, o revanchismo com os militares, o apoio à baderna do MST... Leia sobre o tema, acompanhe!

3. Vá observando o filme sobre o Presidente Lula, financiado por empresas que têm negócios com o Governo. A obra é irreal e tem como fim a propaganda política neste ano eleitoral e a criação do mito Lula, o Santo. Qualquer mito em política é danoso. Recorde que o mito Perón acabou com a Argentina, que de país mais próspero da América Latina, tornou-se o que hoje é: uma república populista e pouco séria...

4. Acompanhe também a marcha da impunidade no nosso país: todos os escândalos no nosso Legislativo deram em nada. Mas, há também um fato interessante: por que no mensalão do Governo ninguém protestou e agora, no mensalão do Governo de Brasília, os movimentos sociais (MST, CUT e companhia) protestam com tanta veemência? É interessante, muito interessante, a moral dessa gente...

5. Cristãos têm sido assassinados em dezembro e janeiro últimos por muçulmanos na Etiópia e no Paquistão. Ninguém está nem aí! No Santuário de Fátima, em Portugal, apareceram pichações muçulmanas, desrespeitando até mesmo aquele lugar tão querido dos católicos... Ninguém liga... Vá observando... São sinais, são indicadores... Infelizmente, o Ocidente continua ignorando tudo isto. Permitido é tudo que seja anticristão; proibido mesmo é o cristianismo afirmar-se ou defender-se...

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