- Introdução
- Código Penal inspirado no PNDH-3
- Aplicação a conta-gotas
- Agora, um golpe mais profundo: a reforma do Código Penal
- Profundamente estatizante
- O tabu da menoridade penal
- A chamada “homofobia”: não nomeada, mas onipresente
- Uma lei contra a homofobia é juridicamente inútil e contraproducente
- Eutanásia: na lei, criminalizada; na prática, liberada
- Liberação assustadora do aborto
- O novo projeto vai muito além e abre as comportas de modo assustador.
- Por que não a “Roda dos enjeitados”?
- Até aborto à revelia da vontade da mãe
- Atitudes heróicas de futuras mães
- Conceito inadequado de escravidão
- Portas aberta para o lenocínio e o rufianismo
- Álcool na direção, não. Drogar-se, sim.
- Terrorismo “ruim” e terrorismo “bom”
- Equiparação de homens com animais
- Protegendo as pedras
- Driblando a lei de anistia
- Visão de conjunto
**Projeto de Código Penal angustia o País**
As ameaças do Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3) ressurgem com força coercitiva no anteprojeto de Código Penal,agora transformado em projeto que tramita no Senado. Estatização avançada, aborto largamente difundido, privilégios para os LGBT, drogas liberadas para cultivo e consumo próprios, enquanto os motoristas não podem tomar álcool, eutanásia favorecida, bullying penalizado, ampliação descabida dos crimes hediondos, indefinição do que possa ser “condição análoga à de escravo”, liberação total do lenocínio e do rufianismo, favorecimento do terrorismo praticado por movimentos ditos “sociais”, exaltação absurda dos animais. São estes alguns itens desse ameaçador projeto, que será aprovado se não houver uma mobilização à altura da população.
Gregorio Vivanco Lopes
Revista Catolicismo/setembro de 2012.
A fim de explicar, de modo acessível, a manobra que vem sendo feita para implementar, mediante o atual Projeto de Código Penal, partes essenciais do PNDH-3 do governo Lula da Silva, imaginamos a parábola que segue.
* * *
Durante os dias que precediam o Natal, um exército de índole eco-socialo-comunista, poderosamente armado, cercou uma pacífica e desprevenida aldeia, com o fim de conquistá-la e obrigar seus cidadãos a seguirem novos costumes e novas leis, coagi-los a agir e até a pensar contra seus princípios cristãos e sua vontade, e assim, sem derramar uma só gota de sangue, sujeitá-los a uma tirania de esquerda.
“Eles vão estar preocupados em preparar as festas natalinas, e nem se darão conta de nossa aproximação e de nossas intenções”, foi o cálculo feito pelos comandantes daquele exército. “Vamos pegá-los desprevenidos”.
Houve um fator, porém, com o qual os invasores não contavam. A aldeia tinha alguns sentinelas, que ao dar-se conta das manobras daquela tropa, deram o alarme. Foi um “Deus nos acuda”. Os alertas e as denúncias correram entre os habitantes como um corisco. Todos se mobilizaram, cada qual tirou de seus pertences as poucas armas que possuía; sobretudo apareceu de repente uma vontade indômita de não se deixar dominar.
Esse “arsenal” seria ridículo para enfrentar o poder daquele exército, menos num ponto que foi cuidadosamente pesado pelos invasores. A partir do momento em que soou o alerta, deixou de ser possível que a conquista se fizesse de modo pacífico e despercebido. Os comandantes tinham força suficiente para avançar, é fora de dúvida, mas seria ao preço de resistências e de lutas, produzindo mal-estares profundos e recusas ostensivas, enfim espezinhando a população, se não do ponto de vista cruento ao menos sob o aspecto moral e psicológico.
Reuniu-se então o conselho dos oficiais para decidir o que fazer. Chegaram a uma conclusão maquiavélica. Não haveria invasão, não compensava. O exército operaria uma retirada, porém apenas aparente. Não abdicaria de suas intenções, mas procuraria fazer-se esquecer, dar a impressão de que desistira. Quando os habitantes da aldeia estivessem suficientemente olvidados do ocorrido, mandariam pequenos destacamentos, em trajes civis, para procurar impor um ou outro ponto de seu grande programa de domínio. Agiriam por etapas e aos poucos para não despertar reações.
Em certo momento poderiam tentar um golpe mais profundo que virtualmente impusesse aos pobres aldeães grande parte daquilo que eles não queriam, e então com ameaças de prisão e de penas várias. No final teriam infligido a todos os habitantes seu plano primeiro.