13 de janeiro de 2010

Maternidade Espiritual para Sacerdotes - Parte 1

“O que me tornei e como, o devo À minha mãe!”.
S. Agostinho

Independentemente da idade e do estado civil, todas as mulheres podem se tornar mãe espiritual para um sacerdote e não somente as mães de família. É possível também para uma mulher doente, para uma moça solteira ou para uma viúva. Em particular isso vale para as missionárias e as religiosas que oferecem inteiramente a própria vida a Deus para a santificação da humanidade. João Paulo II agradeceu até mesmo uma menina pela sua ajuda materna: “Exprimo a minha gratidão também à beata Jacinta de Fátima pelos sacrifícios e orações oferecidas pelo Santo Padre, que ela tinha visto em grande sofrimento”. (13 de maio de 2000).

Cada sacerdote é precedido por uma mãe, que amiúde também é uma mãe de vida espiritual para seus filhos. Giuseppe Sarto, por exemplo, o futuro Papa Pio X, logo depois de ser consagrado bispo foi visitar sua mãe, na época com setenta anos de idade. Ela beijou respeitosamente o anel do filho e de repente, tornando-se meditativa, indicou seu pobre anel nupcial de prata: “Sim, Peppo, mas você agora não estaria usando esse anel se eu antes não tivesse usado meu anel nupcial”. S. Pio X, justamente, confirmava a partir da sua experiência: “Cada vocação sacerdotal vem do coração de Deus, mas passa através do coração de uma mãe!”.

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Uma ótima prova disto é a vida de S. Mônica. Santo Agostinho, seu filho, que aos dezenove anos como estudante em Cartago havia perdido a fé, escreveu em suas ‘Confissões’:
“... Tu estendeste tua mão do alto e tiraste minha alma destas densas trevas, pois minha mãe, tua fiel, chorava por mim mais de quanto não chorem as mães pela morte física dos filhos … e no entanto, aquela viúva casta, devota, morigerada, das que são tuas prediletas, já mais animosa graças à esperança, mas nem por isso menos dada ao pranto, não cessava de chorar frente a ti, em todas as horas de oração”.

Após a conversão ele disse com gratidão: “Minha santa mãe, tua serva, nunca me abandonou. Ela me pariu com a carne para essa vida temporal e com o coração para a vida eterna. O que me tornei e como, o devo à minha Mãe!”.

Durante suas discussões filosóficas, Santo Agostinho queria sempre que sua mãe estivesse ao seu lado; ela escutava atentamente, às vezes intervinha com um parecer delicado ou, para assombro dos sábios presentes, dava respostas a questões abertas. Portanto não surpreende que
Santo Agostinho se declarasse seu ‘discípulo em filosofia’!

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