Fonte: Revista digital Alter Christus
A vocação sacerdotal é um chamado de amor incondicional ao próximo. Portanto, esse amor é muito mais que um simples sentimento, simpatia ou amizade. O amor que o sacerdote manifesta deve ser de doação total pelo bem da Igreja e pela salvação da humanidade. Essa doação sacerdotal traz consigo vários frutos, dos quais ressaltamos ao menos três:
1. Santificação na vida da Igreja: à medida em que os sacerdotes são santos, também os fiéis se sentem atraídos a seguir o caminho de Cristo à santidade. Quando o sacerdote é perito na santidade, atrai a todos os fiéis não a si, mas Àquele que é a fonte de santidade e misericórdia. E ainda que o sacerdote se esforce na sua vida espiritual, isso não tira a responsabilidade da Igreja em rezar incessantemente pela santificação do clero.
[Continue Lendo]
2. Paternidade espiritual: como bem dizia o Papa João Paulo II, "em Cristo, homens e mulheres são irmãos e irmãs, independentemente dos laços de parentesco. Trata-se de um vínculo universal, pelo qual o sacerdote pode abrir-se a qualquer ambiente novo, por mais diverso que seja sob o aspecto étnico ou cultural, com a certeza de dever exercer em favor dos homens e mulheres, aos quais é enviado um ministério de autêntica paternidade espiritual, que lhe recompensa com filhos e filhas no Senhor (cf. 1 Ts 2,11; Gal 4,19)".
3. Felicidade e realização pessoal na vida do sacerdote: ainda que seguir a Cristo e servir aos demais seja exigente e sacrificado, o sacerdote escolheu a melhor parte: ser de Deus, viver com Deus, amar a Cristo e entregar cada momento da sua vida pela salvação dos demais. A missão sacerdotal é a máxima realização para um homem; realização altamente humana, precisamente, por ser divina.
O Papa Bento XVI - no discurso inaugural do início do seu ministério - fez-nos meditar especialmente na questão de que, quem abre o coração a Cristo, sempre sai ganhando... "Por acaso não temos todos nós, de um modo ou de outro, medo, se deixarmos entrar Cristo totalmente dentro de nós, se nos abrirmos completamente a Ele, medo de que Ele possa tirar-nos algo da nossa vida? Não temos acaso medo de renunciar a algo de grandioso, único, que torna a vida tão bela? Não arriscamos depois de nos encontrarmos na angústia e privados da liberdade? E mais uma vez o Papa queria dizer: não! Quem faz entrar Cristo, nada perde, nada absolutamente nada daquilo que torna a vida livre, bela e grande. Não! Só nesta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só nesta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só nesta amizade experimentamos o que é belo e o que liberta. Assim, eu gostaria com grande força e convicção, partindo da experiência de uma longa vida pessoal, de vos dizer hoje, queridos jovens: não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, ele dá tudo. Quem se doa por Ele, recebe o cêntuplo. Sim, abri de par em par as portas a Cristo e encontrareis a vida verdadeira". (Papa Bento XVI, 24 de abril de 2005)
Objetivo do mês: refletir uns minutos nalguma das seguintes passagens evangélicas: Mt 25,14-30; Mc 6,7-13; Lc 9,57-62 ou Jo 15,1-27.
Nenhum comentário:
Postar um comentário